Um problema comum!
O grupo do BTF representado nos órgãos autárquicos do município, publicou nas
redes sociais as preocupações sobre os cuidados de cada um, acerca da pandemia
“Covid-19” como contributo na difusão das medidas preventivas da
propagação da doença, de acordo com as orientações da DGS.
Já antes, na reunião de câmara do passado dia 6 de março, enquanto vereador, tinha sugerido ao sr presidente da câmara e demais vereação da necessidade de se proceder a um “Plano de Contingência”, e serem tomadas as medidas tendentes a salvaguardar eventuais focos de contaminação de transmissão da “Covid-19”, particularmente, nos postos de atendimento do turismo, albergues dos peregrinos, museus e outros equipamentos que se julgassem pertinentes sobre este assunto sem esquecer, também, um controlo efetivo sobre os programas “Erasmus” com relevância na nossa comunidade escolar.
Mais tarde, o sr presidente da câmara convocou uma reunião extraordinária para
o passado dia 11 de março para ser aprovado um “Plano de
Contingência” com medidas mais restritivas no uso de equipamentos
municipais e atendimento ao público, bem como a suspensão de eventos de índole
cultural e desportivo com o encerramento dos equipamentos destas atividades.
Entretanto e com a publicação do Estado de Emergência, foram tomadas medidas
ainda mais restritivas, nomeadamente a suspensão das feiras e mercado, bem como
as esplanadas.
No passado domingo dia 15 de março, o sr presidente da câmara telefonou a todos
os vereadores para manifestar a sua intenção de adiar a reunião de câmara
entretanto agendada para o passado dia 20, atendendo à evolução epidemiológica
da dita doença e da necessidade da tomada de medidas ainda mais
restritivas dos serviços municipais. Atendendo à pertinência dos argumentos
suscitados, também anuí a tal sugestão.
Desde essa data, 15 de março, nunca mais tive qualquer contacto nem informações sobre todos os acontecimentos e medidas tomadas no âmbito das competências do município, a não ser uma nota enviada a todos os vereadores no dia 24, (que se publica nesta página), a informar das medidas sucessivamente determinadas pelo sr presidente, neste período de tempo.
Para que fique bem claro entendo que ninguém, mesmo ninguém, deve ter sequer a tentação de pretender tirar quaisquer dividendos políticos a partir de uma situação dramática e preocupante que a todos nos aflige, independentemente da sua posição na escala social que ocupa. É uma situação demasiado grave para se poder brincar com coisas muito sérias! Outra coisa é que todos aqueles que ocupam funções de representação eleitoral nos órgãos eleitos sejam envolvidos em todas as suas disponibilidades de cooperação e, também, a serem informados sobre todos os acontecimentos que se desenvolvam em cada momento.
Por isso, quero aqui manifestar a minha total disponibilidade institucional para colaborar e cooperar em eventuais partilhas de soluções que se tornem importantes para a defesa dos superiores interesses locais, regionais e nacionais. Incluindo, claro está, a participação nas reuniões do órgão executivo (câmara) porque a epidemia pandémica de veras assustadora é enorme, mas apenas e só uma dimensão das repercussões dramáticas que provocará noutras dimensões sociais e humanas, sem esquecer as económicas e financeiras, em TODOS os setores da atividade. Já não é só o tempo da doença é já o tempo de agir em defesa daqueles que mais expostos vão ficar ao dramático corte dos seus orçamentos familiares, sem esquecer as instituições que no nosso vasto concelho prestam um serviço social mas com parcos recursos. Há muitos postos de trabalho nestas instituições.
É imprescindível que todos façamos uma avaliação criteriosa dos recursos
financeiros que o município tem que disponibilizar para acudir muito brevemente
quer às famílias, quer às instituições que, seguramente, nunca da administração
central chegará.
É este o contributo que cada um dos eleitos deve dar nas suas funções nos órgãos autárquicos. Não esquecer que são da competência das autarquias locais estabelecer as prioridades a exercer no apoio às múltiplas atividades do nosso concelho, num novo quadro de carências múltiplas que porventura já existem, num cenário mais ou menos duradouro. Infelizmente!
Em meu entender, as próximas reuniões e decisões camarárias devem ser centradas nas políticas a adotar já. Por mim tenho propostas a fazer numa perspetiva de cooperação e partilha na defesa dos barcelenses e de Barcelos.
Domingos Pereira – vereador do BTF na CM de Barcelos

